Influências
Durante os anos de 1946 e 1947, Geraldo de Barros inicia suas pesquisas no campo da fotografia. Nesta mesma época, após ajudar a fundar o Grupo 15, começa a experimentar a fotografia. Improvisa um laboratório junto com seu amigo Athaíde de Barros e, com o intuito de aprofundamento em seus conhecimentos, ingressa no Foto Cine Clube Bandeirante. Ainda neste período Geraldo também toma contato com experimentações fotográficas praticadas na Europa e Estados Unidos, representadas por nomes como Man Ray e Moholy Nagy. Man Ray começa suas experiências com a fotografia em 1915, mas somente a partir de 1921, quando se integra ao Dadaísmo em Paris junto a Marcel Duchamp, é que se dedica seriamente à experimentação fotográfica, que para ele era uma forma mais rápida para atingir a revitalização da arte.Man Ray apropriava-se de objetos reais e recontextualizava-os em uma nova realidade. Foi certamente, um dos fotógrafos que mais produziu fotogramas, que eram em sua grande maioria, feitos a partir de objetos translúcidos, usados para obter efeitos visuais diversos. Ele manipulava a luz em sua intensidade, direção e duração, produzindo formas inesperadas, com efeitos de volume e densidade. Com a utilização de sombras, conseguiu criar uma ideia de tridimensionalidade num processo em que, quase sempre, obtinha planos como resultados. Criou assim uma das obras mais originais de sua época, que influenciaria toda a arte contemporânea.Lazlo Moholy-Nagy teve contato com movimentos artísticos como dadaísmo, futurismo e construtivismo e na década de 20, iniciou suas experiências fotográficas. Graças a sua base teórica e visão eclética, na qual deixava claro que não existiam limites entre fotografia, arquitetura e pintura, inovou a trabalhar com a fotografia sem a utilização da máquina, somente através do fotograma. Atuou na Bauhaus, na Alemanha, e na School of Design nos Estados Unidos, ambas escolas de design, onde continuou atuando e contribuindo teoricamente com a fotografia e outras áreas da arte.